quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Olha o apartheid ai jente!!!!!!!!!!!!!!


O Carnaval declamado internacionalmente por ser a mais intensa expressão de alegria (e com razão) e de respeito à diversidade étnica e cultural que marca nosso povo (o que não é verdadeiro). Lamentavelmente essa festa, em nossa capital, vem resgatando a figura de um Navio Negreiro, dessa feita, sofisticado e de elevada tecnologia. Grilhões de antigamente agora são cordas que negros e negras arrastam, de mãos enluvadas, para dar proteção à grande massa de brancos e brancas que se torce (nem sempre) em frente, ao lado e no rastro dos possantes veículos que transportam “deuses/deusas” (às vezes negros e negras) do Axé, do Pagode e de não sei mais o que.
No podiam simbolizado pelos Trios Elétricos, o encanto e a fama de rostos globais, convidados especialmente para gozo e delírio da maioria pobre, comprimida ao longo do espaço público. O circuito barra-ondina enlouquece, mobilizada por uma das “deusas“ s que comandam o espectáculo do Carnaval da Bahia. Os “excluídos da corda“, pulam entre as barreiras formadas pelos edifícios, pelo jardim e pelas “correntes vivas” que circulam os Blocos. Não só, o muro se fortifica por fileiras de policiais militares, que parecem ter olhos e ouvidos apenas para os negros fora da corda, são a maioria a serem abordados. Carnaval de Salvador é isso aí: uma ilha de brancos cercada por uma corda de negros e negras. Por todos os circuitos de festa o negro é o tom da corda do ambulantes que circulam aos milhares. É a cor do povo “Fora dos Blocos“, olhando das calçadas.

Um comentário:

  1. Diante das desigualdades, muitos falam em paz quando antes deveriam falar em justiça.

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